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Desaster: "The Arts Of Destruction" será lançado em Fevereiro

11 janeiro, 2012.


A banda alemã DESASTER finalizou a gravação de seu mais novo álbum, intitulado The Arts Of Destruction, para lançamento em 28 de fevereiro via Metal Blade Records. Foi criada uma página para os pedidos antecipados do álbum e nesta contém ainda uma nova música intitulada Quens Of Sodomy, basta visitar o link para ver mais detalhes do álbum. A banda comentou sobre o novo álbum:

"O álbum The Arts Of Destruction é 100% DESASTER 100% Metal 1000% Infernal 100% Não-comercial!!! Nós continuamos cuspindo nos falsos, saudando o culto do Metal e mandando um grande FODA-SE pra todos aqueles que não acreditam na música Metal!! Não queremos dizer muito sobre o álbum...apenas...que é puro Metal, cheio de escuridão e blasfêmia, sem inovações...em nossos olhos é nosso melhor trabalho e o álbum mais brutal até o momento!! Confira e crie sua própria visão sobre ele."

O tracklist de "The Arts Of Destruction" é o seguinte:


01 - Intro
02 -The Arts Of Destruction
03 - Lacerate With Hands Of Doom
04 - Splendour Of The Idols
05 - Phantom Funeral
06 - Queens Of Sodomy
07 - At Hell's Horizon
08 - Troops Of Heathens - Graves Of Saints
09 - Beyond Your Grace
10 - Outro



Haverá uma edição limitada na primeira prensagem incluindo um DVD como bônus.






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Desaster: Novo álbum em breve

12 novembro, 2011.
Desaster Line-Up: Infernal, Sataniac, Odin e Tormentor

Os alemães do Desaster terminaram as gravações de seu novo trabalho de estúdio, denominado The Arts Of Destruction. O álbum foi gravado na cidade natal do grupo, Koblenz - Alemanha, no estúdio Toxomusic e masterizado por Patrik W. Engel no estúdio Temple Of Disharmony. O lançamento do álbum é previsto para o mês de Fevereiro de 2012, pela gravadora Metal Blade na Europa e Estados Unidos e no Brasil pela gravadora Mutilation Records. A edição nacional contará com um DVD bônus. 
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Old - Down With The Nails

22 setembro, 2011.
Old - Down With The Nails
(Tyrant Syndicate)
É bom o leitor preparar os ouvidos antes de se submeter a este massacrante debut álbum do Old, intitulado Down With The Nails, já que o que se ouve no mesmo é um definitivo assalto Black/Thrash Metal, bem calçado em atos impuros dos deuses Hellhammer/Celtic Frost e Bathory. Este grupo, que contém membros dos grandiosos Nocturnal, Cruel Force e Deströyer 666 em sua formação, já vem espalhando sua praga no underground desde 2004 com o lançamento de sua primeira demo-tape, Blood Skull e também com o EP Nocturnal Ritual gravado no ano seguinte. Este Down With The Nails é um álbum que reúne qualidade inquestionáveis: musicalidade acima da média, riffs perfeitos, alguns solos, cozinha quebra pescoço, vocais vomitados e um feeling arrebatador para executar a proposta. Liricamente o Old não inova, abordando em suas letras temas como blasfêmia, álcool e ocultismo, ou seja, mais tradicional impossível! Destaque para as músicas Black Jewel Throne, Blood Skull, Empire In Flames, Triumph Of Hell e a faixa título Down With The Nails. É para ouvir e banguear até arrebentar o pescoço, de preferência, sob o efeito de muito álcool! (Por: Saulo Baldim Gandini)

Contato: Myspace - www.myspace.com/oldhellmetal



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Exumer - Possessed By Fire

08 agosto, 2011.
Exumer - Possessed By Fire
(Disaster)
Continuando com a nossa sessão Classic Reviews, hoje irei comentar sobre um grupo que, apesar de não figurar na elite do Thrash Metal alemão (vide o “trio de ferro” Destruction, Sodom & Kreator), não deixa de ter sua importância para o estilo, tendo inclusive, lançado esse clássico aqui intitulado Possessed By Fire. Sim, caro leitor, estou falando do Exumer! Formado na cidade alemã de Frankfurt, em 1985, o Exumer viveu o “boom” da cena Thrash Metal germânica e chegou a chamar atenção dos headbangers da época pela rispidez que executava suas músicas. Infelizmente a banda acabou sendo ofuscada por outros medalhões do estilo, encerrando suas atividades em 1990, sendo reformulada onze anos mais tarde. O grupo gravou uma demo em 2009 e promete um novo álbum em breve. Depois dessa pequena biografia, vamos ao que interessa: o álbum! Possessed By Fire foi gravado em 1986, no Musiclab Studios, em Berlin sob a supervisão do mago das produções Harris Johns. A capa chama atenção por causa do “mascote” adotado pelo grupo: uma criatura usando uma máscara de hóquei, característica que foi copiada no álbum seguinte Rising From The Sea. Após uma pequena intro, para gerar um clima suspense, o grupo já começa maltratando os pescoços dos metalheads com a rápida faixa-título Possessed By Fire, com uma rifferama infernal dos guitarristas Bernie Siedler e Ray Mensh e um andamento alucinante da bateria de Syke Bornetto. Os vocais de Mem Von Stein (que também é o responsável pelas quatro cordas) com certeza é o que mais chama atenção, pelo fato de ser extremamente insanos! Definitivamente o cara estava com o demônio no corpo quando gravou esse álbum, tamanho os berros e gritos desesperados que se ouve a cada minuto deste trabalho. O resultado final é excelente! Sem mais delongas, o grupo já emenda com Destructive Solution, uma música rápida, mas que em sua metade ganha uma mudança de andamento bem interessante, com direito a dedilhados e um belo solo de guitarra, voltando a porradaria novamente. Fallen Saint começa com rápido som de sino logo ficando veloz. Destaque para o ótimo trabalho do baterista Syke, muito seguro e preciso em suas batidas. Outros destaques vão para A Mortal In Black, Sorrows Of The Judgement (com sua atmosfera a lá Slayer), Journey To Oblivion e a excelente Silent Death que encerra esse clássico com chave de ouro. No ano seguinte o Exumer lançou seu segundo álbum, Rising From The Sea, já sem o vocalista e fundador Mein Von Stein. Em seu lugar entrou Paul Arakari, com um timbre totalmente diferente (mais puxado para Tom Araya) mas sem o brilhantismo do mesmo. O som, apesar de alguns momentos agradáveis aqui e acolá, soa como um plágio descarado de Slayer. Possessed By Fire, apesar de algumas vezes não ser lembrado é um grande trabalho e que merece ser ouvido. Você gosta de álbuns como Bonded By Blood e Show No Mercy? Então não deixe de conferir essa pedrada Made In Germany! (Por: Saulo Baldim Gandini)




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Kill Again Records lançará trabalho do Warhammer no Brasil

06 agosto, 2011.
Warhammer Line-up
A gravadora brasileira Kill Again Records (www.killagainrec.com) lançará em território nacional o quinto álbum dos alemães do Warhammer, intitulado No Beast Fierce... A previsão é que o trabalho esteja disponível em Setembro deste ano. Lançado em 2009, após um intervalo de sete anos em relação ao seu último material Curse Of The Absolute Eclipse, o álbum trará onze faixas do tradicional Death Metal, inspirado nos deuses Hellhammer e nos primeiros álbuns do Celtic Frost. A versão brasileira contará com três faixas bônus exclusivas para os covers de Poison (Venom), Sphinx (Poison) e The Return Of The Darkness And Evil (Bathory). Para ouvir as músicas Warriors Of The Cross e Total Maniac, acesse o Myspace do grupo: www.myspace.com/warhammerdeathmetal

Contatos: Kill Again Records - www.killagainrec.com
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Iron Angel - Hellish Crossfire

02 agosto, 2011.
Iron Angel - Hellish Crossfire
(Steamhammer Records)
O nome Iron Angel é mais um exemplo de grupo que não atingiu o sucesso desejado, mas sempre será lembrado pelas almas antigas como uma das mais mortíferas bandas de Speed/Thrash Metal da década de oitenta. Formado em 1983 na cidade alemã de Hamburgo pelos amigos de escola Dirk Schröder (vocais), Thorsten Lohman (baixo), Petter Wittke (guitarras), Sven Strüven (guitarras) e Mike Matthes (bateria), o grupo viveu os tempos áureos da cena metálica alemã e abalou as estruturas do Metal na época, principalmente pela maneira agressiva na qual eram tocadas suas músicas. No seu início a banda atendia pelo nome de Metal Gods (uma homenagem ao Judas Priest), mudando para Iron Angel logo em seguida, por sugestão baterista Mike Matthes. Em sua curta carreira o Iron Angel lançou apenas dois álbuns, o clássico debut Hellish Crossfire (o álbum homenageado nesta resenha) e Winds Of War. Lançado em Julho de 1985, pela gravadora Steamhammer Records, são de Hellish Crossfire as pedradas mais violentas do Iron Angel como a magistral The Metallian, que abre o trabalho com muita velocidade e peso, a empolgante Sinner 666, Legions Of Evil (excelente e com um refrão magistral!), Black Mass, Nightmare e Heavy Metal Soldiers (mais Metal impossível!). A versão lançada no Brasil pela Marquee Records ainda nos trás como bonus-track a demo Power Metal Attack. Após Hellish Crossfire, como foi mencionado acima, o grupo lançou mais um disco de estúdio intitulado Winds Of War, seguindo uma linha um pouco mais melódica e trabalhada, o que acabou não agradando alguns integrantes e fãs do grupo. E por causa desses problemas de “direcionamento musical” a banda resolveu parar com sua destruição. O grupo ainda ameaçou uma volta com o lançamento da demo Back From Hell em 2007, mas sem sucesso. O Iron Angel é um nome que faz muita falta ao cenário de hoje, infestado por bandas “modernosas” e sem feeling. (Por: Saulo Baldim Gandini)

Contato: Myspace - www.myspace.com/ironangel666


     
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Desaster – 666 Satan´s Soldiers Syndicate

09 junho, 2011.
Desaster - 666 Satan´s Soldiers Syndicate
(Metal Blade Records)
Após um intervalo de dois anos de seu último lançamento (Angelwhore) os alemães do Desaster voltam com tudo e soltam mais um matador play intitulado 666 Satan´s Soldiers Syndicate. Duas coisas me chamaram a atenção em relação ao álbum anterior. A primeira é que finalmente a voz de Sataniac se encaixou no som do Desaster, pois nota-se o cara bem mais a vontade no grupo, vomitando as letras com toda sua fúria. A  outra é que esse trabalho é muito mais direto que Angelwhore, com músicas mais curtas e mais extremas. Musicalmente o Desaster não mudou em nada e continua detonando o seu Black/Thrash Metal ríspido, cru e com clara inclinação oitentista, com um feeling arrasador. Após uma pequena intro denominada “The March Of Fire And Conquest” (por sinal composta por Proscriptor do Absu) o grupo já entra quebrando os pescoços dos headbangers com a massacrante faixa título, onde todas as características descritas acima são comprovadas. Fora isso outras composições como “Angel Extermination” (fodida!), “Razor Ritual”, “Hellbangers” (essa já é clássica), “Fate Forever Flesh” (com uma veia bem Black Metal, principalmente nos riffs gélidos de Infernal), “Tyrannizer” (bem épica e cadenciada, com participação de A.A. Nemtheanga do Primordial) e a curta e direta “Venomous Strench”, não negam fogo em momento algum. Com vocês podem ver eu citei quase todas as músicas, ou seja, o Desaster conseguiu fazer mais um grande álbum que com certeza irá arrematar mais uma leva de maníacos pelo som do grupo. Fora isso o encarte é muito caprichado, feito com papel envernizado que ao desdobrá-lo esconde uma surpresa. Altamente recomendo aos amantes da velha escola. (Por: Saulo Baldim Gandini)

Contato: Myspace - www.myspace.com/desaster



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Nocturnal – Fire Of Revenge

17 maio, 2011.
Nocturnal - Fire Of Revenge
(Bestial Onslaught)
O Nocturnal, como muitos sabem, é um expoente do Thrash Metal na atualidade para nós. Muitos me perguntam o porque da banda ser bastante especial para mim. A banda sempre manteve seu aspecto obscuro através de lançamentos maravilhosos como o MLP Thrash With The Devil ou o magnífico 7’’ Slaughter Command. Este 7’’ é um sinônimo de Thrash como deve ser tocado, sem modismos, sem complexidade, como um soco na cara. Este material contém uma característica incomum numa banda de Thrash Metal, há a presença da guitarrista Jex. Sim, uma mulher no line-up do Nocturnal, mas que foi demitida da banda por razões desconhecidas. No compacto há um aspecto “Die Hard” do começo ao fim e que já começa com a maravilhosa Fire Of Revenge dando uma breve impressão da influência do Bathory na composição, devido a sua levada mais cadenciada. A música pega um embalo maravilhoso com belas passagens de riffs cortantes feitos por Avenger e, inclusive, nessa música em especial, há uma passagem impecável no final da música que pode ser destacada como uma característica forte do Thrash “Evil”. Seguida pelo cover de Killing Machine (Living Death), que em minha opinião, deixa a desejar nesse compacto, damos de cara com a fudida “The Final End”. Essa sim é a responsável por inúmeros headbangings e air guitars executas por mim. Isso sim é Thrash Metal feito com ódio e rancor. No compacto não há letras, o que é outra característica da banda. Impossível forçar a barra, a música é fudida do início ao fim. Esse refrão da “The Final End” é como uma Ode ao Ódio, aquela sensação que você precisa compartilhar seu headbanging frenético com amigos ou talvez um churrasco regado a cerveja. Altamente recomendado assim como toda a discografia da banda. (Por: Uriel Juliatti Valle)


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Entrevista - Desaster

16 maio, 2011.
Infernal, Tormentor, Sataniac & Odin


O Desaster começou a espalhar sua praga em 1988, inspirados pelos deuses Venom, Hellhammer e Destruction (o nome do grupo foi tirado da música Total Desaster). Após lançarem duas demos - The Fog of Avalon (93) e Lost in the Ages (94) - e um split com o Ungod (95), grupo alemão lança seu debut A Touch of Medieval Darkness (96), chamando a atenção no underground. O EP Stormbringer (97) marca a entrada de Tormentor nas baquetas, substituindo Thorin. No ano seguinte o grupo entra em estúdio para gravar Hellfire´s Dominion um trabalho muito bem aceito que contém o maior clássico da banda Metalized Blood - que conta com a participação de figuras conhecidas como Lemmy (ex-Violent Force), Wannes Gubbles (Pentacle e Asphyx) e Thorsten “Toto” Bergmann (ex-Living Death) dividindo os vocais. O terceiro álbum, Tyrants of the Netherword é lançado no ano 2000 e em 2001, o vocalista Okkulto deixa o Desaster. Sataniac (ex-Divine Genocide) assume a vaga e grava Divine Blasphemies (02). Com esse álbum o grupo visita o Brasil pela primeira vez onde grava o ao vivo Brazilian Blitzkrieg Blasphemies (04). Já com o contrato assinado com a gravadora Metal Blade, o quinto álbum Angelwhore (05) é lançado. Em 2007, o Desaster entra em estúdio para gravar mais uma pedrada 666 – Satan´s Soldiers Syndicate, um álbum que mostra composições mais curtas e mais diretas. Aproveitando isso, fomos conversar com Tormentor, para nos falar com anda a repercussão do novo trabalho, suas opiniões sobre os novos grupos que estão surgindo na cena alemã e sobre a nova visita que irão fazer em nosso país em Outubro. Bang Or Be Banged! (N.E: Esta entrevista foi realizada em 2008 para a primeira edição do Coven Of Darkness)


Por: Saulo Baldim Gandini
Colaboraram: Uriel Juliatti Valle & Bruno Gaspar


1-) Coven Of Darkness – Saudações Tormentor, é um prazer ter um grupo tão foda como o Desaster em nossas páginas!  Eu gostei muito do último trabalho de vocês 666 – Satan´s Soldiers Syndicate, achei-o muito mais direto que o anterior (Angelwhore), com músicas mais extremas e curtas, não deixando o ouvinte respirar! Como está sendo a recepção dos headbangers diante deste material? Vocês estão satisfeitos com esse trabalho em relação aos álbuns antigos? E a produção do 666 – Satan's Soldiers Syndicate? O que vocês acharam?

Tormentor - Ei, obrigado pelas boas palavras sobre o nosso novo álbum! Sim, estamos satisfeitos com o “SSS” e eu também acho que os sons estão mais curtos e mais diretos, extremos como um trator! O som também ficou ótimo e nós curtimos cada segundo gasto em estúdio. "Angelwhore" ainda é um grande álbum, e nós somos muito orgulhosos dele! Foi o resultado de uma fase pela qual a banda estava passando... “SSS” foi outra, entende?! De qualquer forma, quase todos os maníacos curtiram o novo álbum, e todos os outros que não acreditam no real Heavy Metal, podem ir se foder!


2-) Coven Of Darkness – Notei também que Sataniac está mais a vontade nesse trabalho, pois seu vocal encaixou-se perfeitamente ao instrumental do grupo. Ele está vomitando as letras com muito ódio! Como você analisa o desempenho dele em 666 – Satan´s Soldiers Syndicate? Em sua opinião o que mudou no Desaster desde sua entrada na banda?

Tormentor - Com certeza houveram mudanças… A banda perde alguma coisa sempre que perde um membro e ganha outras sempre que outro membro entra. Então eu acho que o Sataniac trouxe mais “ar fresco” para a banda e um pouco mais de brutalidade. Nós trabalhamos muito com ele antes das gravações de “SSS” e analisamos toda e qualquer frase que ele cantou. Foi um momento difícil, mas o resultado ficou mais do quê perfeito para nós!


3-) Coven Of Darkness – Nesse disco rolaram as participações de Proscriptor (Absu), na intro The March of Fire and Conquest e em Tyrannizer, A. A. Nemtheanga (Primordial) também na Tyrannizer e Ashmedi (Melechesh) no solo de Angel Extermination. Como isso aconteceu?

Tormentor - Nós todos somos grandes fãs dessas bandas, então foi um prazer para nós tê-los em nosso álbum. Sir Proscriptor fez os vocais para “Tyrannizer” e a introdução nos EUA, e nos mandou por CD-R. Ashmedi foi ao estúdio e tocou seu solo, pois vive atualmente na Holanda e não é tão difícil assim de vir para cá! Sir AA Nemtheanga gravou sua voz na Irlanda...


4-) Coven Of Darkness - Sobre a gravação dos materiais, como é feito o processo? Há alguma “intenção” de soar original ou tudo é feito nos moldes dos anos 80, mesmo?

Tormentor - Esse é a maneira que gostamos de como o Desaster soe! Especialmente o Infernal tem um som de guitarra bem próprio, que é parecido com os timbres dos anos 80, mas ainda com um “toque pessoal”. A guitarra é o instrumento mais importante no Heavy Metal. O Metal precisa de riffs, nada mais, nada menos! Nós não gostamos desse som “fabricado” que as bandas usam atualmente em suas gravações... Todas essas bandas soam mais ou menos uma como a outra, nós tentamos manter nosso som duro e maléfico!


5-) Coven Of Darkness – Vocês estão satisfeitos com a produção de 666 – Satan´s Soldiers Syndicate? Pergunto isso, pois achei que tudo está soando mais claro agora, com as guitarras e bateria bem mais poderosas e com o vocal de Sataniac bem na cara!

Tormentor - Sim, nós amamos o som! A voz do Sataniac está bem mais brutal e “limpa”. Eu acho que em "Angelwhore", os vocais não têm essa agressividade... As guitarras e a bateria estão mais diretas e bem na cara! De qualquer forma, estamos totalmente satisfeitos!


6-) Coven Of Darkness – Verificando em seu site oficial, vimos que o Desaster está trabalhando em novas músicas para um novo trabalho, em comemoração ao 20º aniversário do grupo. O que você poderia adiantar para nós a respeito disso? 

Tormentor - É, porra, 20 anos de “Desaster” total em 2009! Nós estamos ficando velhos e feios... Eu não posso lhe adiantar nada agora, pois estamos trabalhando em algumas coisas especiais... Talvez um show e um lançamento especial... Porém ainda não há nada concreto. Quando tivermos novidades, colocaremos no nosso website!


7-) Coven Of Darkness – Quais são as principais influências do Desaster atualmente? E o que vocês gostam de ouvir fora do Heavy Metal? Existe alguma banda na atualidade dentro do Heavy Metal que chama a sua atenção? Uma banda que você olhe e diga: “Uau! Essa banda é revolucionária!”.

Tormentor - Eu acho que o Metal não precisa mais de uma revolução... Houve uma nos anos 80 com o Thrash, uma nos anos 90 com o Death e o Black Metal! Eu gosto de como as coisas são hoje em dia! Além do Metal, não há espaço suficiente para outras coisas... Talvez seja legal escutar um ou outro Punk Rock e Folk irlandês bebendo cerveja em um pub, mas em casa, é 100% Metal! As principais influências do Desaster são as mesmas de quando começamos em ’89: Venom, Slayer, Celtic Frost, Hellhammer, Motörhead, Unleashed, Immortal (old), Darkthrone e por aí vai... A lista é infinita, pois todas as bandas que gostamos e ouvimos são influências para nossa música!


8-) Coven Of Darkness - Quais as influências sonoras, líricas e, se houver, ideológicas do Desaster?

Tormentor - No caso da influência musical, eu já respondi na pergunta anterior! A parte lírica é mais coisa do Sataniac, portanto eu não sei muito sobre isso... Ele mantém as letras obscuras, maléficas e blasfemas! Não lugar para influências ideológicas no som do Desaster, pois precisamos de todo o espaço para o Metal em geral!


9-) Coven Of Darkness – Vocês assinaram um contrato com a Metal Blade Records e já lançaram dois trabalhos por eles, 666 – Satan´s Soldiers Syndicate e o anterior Angelwhore. Qual a opinião de vocês sobre o trabalho que a gravadora está desenvolvendo com o Desaster? O contrato é para quantos álbuns? E quanto a antiga gravadora Iron Pegasus, ela ficará somente responsável pelos lançamentos dos álbuns em vinil?

Tormentor - É, Metal Blade… Nós tivemos que esclarecer muitas coisas, pois todos achavam que o Desaster iria “farofar” depois que mudamos para a Metal Blade, e aí os demos "Angelwhore", um álbum totalmente cru e anticomercial. Bom, assinamos contratos com eles para ter mais conexões fora da Alemanha, e isso ainda funciona muito bem. Fizemos com eles um acordo justo e eles nos deram a liberdade que uma banda como o Desaster precisa. Assinamos contrato por um álbum e mais duas opções, estamos bem e veremos o quê vamos fazer depois do próximo. Eles fizeram muito por nós, muitas entrevistas por toda a Europa e agora o selo americano lançou o “SSS” por lá, no entanto não gostamos muito desse selo americano... Eles lançaram muita merda durante os últimos anos... Eu sinto falta de mais bandas boas e surpreendentes... O Primordial é uma das únicas bandas boas que assinaram com eles nos últimos anos... O Costa da Iron Pegazus trabalhou pelas bandas durante os últimos anos e nós continuamos bons amigos, com certeza! Ele é um verdadeiro guerreiro do Heavy Metal e nós sabemos que ele sempre dá 110% de si pelas bandas e seus lançamentos... Está é a razão pela qual demos os direitos da versão em vinil para ele!


10-) Coven Of Darkness - Agora vamos falar um pouco sobre um tema polêmico que ocorre em todo o underground mundial: As tendências e modismos do Thrash em sua atualidade. Sabemos que assim como o Black Metal e o Brutal Death Metal, o Thrash, como todos sabem, passa por um “modismo” em seus termos mais extremos. Bandas surgidas do nada, todo mundo comprando vinil como se fosse sinônimo de ser dos anos 80 e uma bitolação em Thrash. Indivíduos só ouvem Thrash e mais nada, renegam o Black Metal e certas vertentes do Metal. Como vocês do Desaster enxergam isso?

Tormentor - Das duas últimas décadas em diante, temos visto muitas modinhas indo e vindo... No momento, as bandas estilo Bay Área estão voltando e com certeza há banda que soam bem e transportam aquele sentimento aos dias de hoje... Mas não se pode copiar isso! Nós sempre tivemos influências de Thrash em nossa música, pois nós crescemos com isso. E para mim, bandas como o Mercyful Fate, Slayer e Sodom antigos, Infernäl Majesty, Venom e Hellhammer e outras são mais Black Metal do quê as tidas como Black Metal nos dias de hoje. Eu me enchi ouvindo a maioria das novas bandas... Há uns anos atrás era o Death Metal, que voltou... Agora é o Thrash Bay Área... Eu uso meu colete com patches há muitos anos, eu estou pouco me fodendo se estou em um show Black Metal, Death, Thrash ou o quê quer que seja, é tudo Metal! Então, todas as modas e bandas vêm e vão! Nós nos importamos e fazemos o melhor que podemos, fazendo barulho e batendo cabeças por Satã!


11-) Coven Of Darkness – A respeito do Black Metal, gostaria de saber, qual a visão do Desaster sobre a polêmica envolvendo esse estilo... Com os incidentes envolvendo a cena norueguesa no começo dos anos 90 (assassinatos e queima de igrejas) o Black Metal começou a ter destaque na mídia, fato nunca antes ocorrido, pois era um estilo completamente marginalizado. De uma hora para outra vários grupos com essa sonoridade “tipicamente norueguesa” começaram a surgir, algumas boas, mas outras (maioria), com uma sonoridade bastante genérica e chata. Após isso, veio o Symphonic Black Metal, de grupos como Dimmu Borgir que levou o estilo ao mainstream, trazendo indivíduos para a cena que nada tinham a ver com underground. Nos dias de hoje, estamos vendo um grande número de grupos de Suicidal/Depressive Black Metal, fora as bandas com sonoridade a lá Blasphemy. Paralelo a isso, vemos Fenriz do Darkthrone, em seu último trabalho F.O.A.D. fazendo um tipo de som, com uma pegada mais Heavy Metal, totalmente diferente aos trabalhos antigos. Como vocês vêem essa transição do Black Metal?

Tormentor - É verdade… A mudança da imagem e do som é realmente algo extremo no cenário Black Metal. Mas eu não dou a mínima para tudo isso. Eu ouço o quê gosto. Não me importo com o visual ou com quem esteja tocando aquela música e blá-blá-blá, a música em geral é mais importante. Todo o resto é secundário. Por exemplo, eu gosto do "A Blaze In The Northern Sky" e do "The Cult Is Alive", dois álbuns totalmente diferentes, mas com a mesma atitude. Eu realmente curto o “Monnumental Possession” do Dödheimsgard... Mas eu realmente não curto o quê vem depois, que seja! Acho que essa segunda leva do Black Metal foi realmente extrema, com todas aquelas queimas de Igrejas e os círculos e etc. Depois de um tempo isso não era mais “extremo” e eles foram para aquela baboseira política e industrial... Então ambos estão errados, aos meus olhos.


12-) Coven Of Darkness - Sobre a cena européia, há algum tipo de regionalismo nos fãs ou/e nas bandas? Por exemplo, há conflitos, segregações ou estilos de Metal que predominam em certas regiões? E quanto ao preconceito/bairrismo, há algum tipo de “diferenciação” quanto raça/cor-da-pele/credo/sexo na cena? Se sim, dê-nos exemplos.

Tormentor - Eu não sou nenhum “doutor música” e muito menos algum tipo de expert nessas coisas. Sou extremamente liberal e por esse motivo, não me importo com essas coisas. Sabe, temos nossos amigos, bandas, fãs, maníacos, headbangers que conhecemos e encontramos. Isso é importante para mim... Se este bairrismo é mais forte aí, não há outro motivo se não for por algum tipo de interesse! Metal é importante, nada mais! E sobre aquele longo, incessante e totalmente chato tema político, eu só digo que não aceitamos nenhum tipo de influência política em nossa música. Metal não tem nada a ver com política, foda-se!


13-) Coven Of Darkness - Tormentor, eu não sei como é na Europa, mas aqui no Brasil é impossível viver tocando Metal. Você acha que é possível viver exclusivamente do Metal sem ter outra ocupação?

Tormentor - Essa é uma boa pergunta… Com certeza é possível, mas você tem de se prostituir musicalmente e compor para as massas. Bandas como Kreator, Destruction, Sodom, Amon Amarth conseguem viver tocando, eu acho. Desaster é uma banda que necessita de liberdade e um lugar próprio para criar sua música. Não escrevemos para as massas. Para nós, a banda é algo como um hobbie gigante, e nada mais. Todos nós temos trabalhos normais e vamos todos os dias para a porra do trabalho.


14-) Coven Of Darkness - Qual sua opinião a respeito de grupos da cena alemã como Nocturnal, Witchburner e Old? Essas bandas já estão na cena faz algum tempo e somente agora estão obtendo reconhecimento, como você analisa isso?

Tormentor - Essas bandas que você mencionou são todas amigas nossas e eu realmente curto sua música. Eles merecem ser bem conhecidos na cena mundial. Mas aqui temos muitas outras bandas boas como Fatal Embrace, Dark Fortress, Delirious, Stigmatized, Fleshcrawl, Delirium Tremens, Crom e muitas outras que fazem música boa. Porém aqui na Alemanha não é fácil para uma banda alemã conseguir a devida atenção, pois a maioria da imprensa e fãs se interessam mais sobre os outros países ao invés de dar uma chance à cena alemã. Mas eu acho que isso é igual em todos os lugares, não é?


15-) Coven Of Darkness - Quais as opiniões de vocês sobre a mistura de religião com o Metal? Muitas bandas que se dizem “Metal” praticam som com sonoridade Black/Death/Thrash com ideologias cri$tã. O quê vocês acham disso?

Tormentor - Boa pergunta, meu amigo… Quando penso em “Metal”, penso em demônios, morte, danação, agressão, violência, escuridão, e não em luz, beleza e tudo isso. Sei lá, não é Metal o quê eles tentam tocar! Desculpe...


16-) Coven Of Darkness – De todos os shows que o Desaster fez na carreira, existe algum que marcou a banda? Quais os países o Desaster conta com o maior número de maníacos?

Tormentor - Nós não fizemos muitos shows… Dentro de três semanas, tocaremos nosso show n° 250… Algum tipo de pequena comemoração! Acho que todos os shows foram de alguma forma inesquecíveis, especialmente o do Wacken em 2001, talvez nosso maior show de todos os tempos! Os shows em Belgrado e o Fuck The Commerce Open Air, todos os show na América do Sul e uma quantidade absurda de outros shows... De qualquer forma, todo show é foda e nós aproveitamos cada segundo em cima do palco!


17-) Coven Of Darkness – Tormentor vamos voltar um pouco ao passado. Como foi a experiência de fazer o split Desaster in League with Pentacle com os holandeses do Pentacle?  Eu, como vocês, aprecio muito o Death Metal Tradicional! Há planos para o futuro de vocês lançarem outro material nesse formato?

Tormentor - Com certeza, porra! Eu realmente amo o velho Death Metal... Especialmente os antigos Death Metal suecos, como Nirvana2002, Entombed, Grave, God Macabre, Nihilist, Carnage, Evocation... Ou então outras bandas como o Sadistic Intent (deuses!), Asphyx, Pestilence, Bolt Thrower, Massacre, Massacra, o antigo Paradise Lost, o antigo My Dying Bride, Headhunter D.C... a lista é interminável! Esse lançamento com os irmãos do Pentacle é uma prova de verdadeira amizade... Com certeza nós lançaremos alguns split em breve, esperançosamente...


18-) Coven Of Darkness – Vocês são muito amigos do pessoal do Zemial. Lembro-me de uma antiga entrevista que vocês estavam com uma idéia de lançar um DVD split com eles, fato que não ocorreu. O que aconteceu? Vocês ainda têm planos de lançar esse material?

Tormentor - Sério? Nossa não me lembro… Nós achávamos que lançaríamos algum split em 7” ou algo assim, mas como sempre, tudo mudou. Mas nós lançamos um split DVD com o Ironfist de Cingapura há alguns anos atrás.


19-) Coven Of Darkness – O que aconteceu com o antigo vocalista Okkulto? Vocês ainda mantêm contato com ele?

Tormentor - Desde que ele saiu da banda, nosso contado acabou totalmente. Infernal e Odin ainda têm um pouco de contato com ele... É mais algo como dizer “Olá” quando eles se encontram. Eu ouvi diferentes histórias sobre ele e sobre o quê ele está fazendo agora, mas nada que contaria aqui...


20-) Coven Of Darkness – Tormentor, além do Desaster, eu sou um grande fã de um outro grupo que você toca que é o Metalucifer! Como rolou de você participar desse grupo? Vocês planejam lançar mais álbuns de estúdio?

Tormentor - Anos atrás o Costa da Iron Pegazus me pediu para cuidar da bateria no Metalucifer. E com certeza eu aceitei por eu também sou um grande fã deles. Então foi um prazer tocar no Heavy Metal Chainsaw. Depois de seu lançamento, nós tocamos em alguns shows aqui na Alemanha, no Japão e nos EUA, que foram show fodas. O sentimento na banda é realmente demais e os headbangers japoneses são realmente verdadeiros e 11000000% metal até os ossos! No momento, Elisablumi, Cliff Bubenheim (baixo) e eu estamos ensaiando para o novo álbum chamado “Heavy Metal Bulldozer”... Então tenham, cuidado e estejam preparados!


21-) Coven Of Darkness - Sobre a cena brasileira, quais as bandas que vocês gostam/admiram da nossa cena? E da cena sul-americana/latina em geral?

Tormentor - Cara, eu realmente amo o Headhunter D.C. (N.E: Tormentor diz em português: “oi amigos”)! Há muitas outras bandas boas como o Bywar, Apokalyptic Raids, Bestial, Torture Squad e por aí vai... E com certeza há também os antigos heróis do Sepultura, Krisiun, Sarcófago, Cruelty, Viper e muitos outros. De toda a América do Sul eu amo bandas como o Anal Vomit, Mirthless, Masacre, Nightmare, Witchtrap, Vulcano, Chakal, Goat Sêmen, Hadez, Mutilator... A lista é infinita!


22-) Coven Of Darkness – Vocês irão tocar aqui novamente em Outubro. Quais são suas expectativas para essa terceira visita ao Brasil?

Tormentor - Esperamos mais Skol, mais Caipirinha… E mais maníacos loucos por Metal… Nós amamos tocar para os headbagers sul-americanos. O quê mais posso dizer? Muito obrigado a nosso amigo e chefão da Mutilation, Sérgio, por nos trazer ao Brasil pela 3a vez! Você comanda porra!


23-) Coven Of Darkness – Tormentor eu sei que você e os outros integrantes do Desaster são maníacos por cerveja! Gostaria de saber sua opinião a respeito da nossa cerveja, o que vocês acharam dela? Vocês chegaram a experimentar a nossa famosa “caipirinha”?

Tormentor - Ei, vocês estão brincando comigo?! “Caipi” é matadora! Mas eu realmente gosto mais dela com mel... Mas de qualquer forma, a meu ver, sua melhor cerveja é a Skol, e a Kaiser é uma merda! É uma boa cerveja “dor-de-cabeça”... O que nós também amamos no Brasil são suas churrascarias... Arrrggghhh, tanta carne gostosa é fatal! HAHAHA...


24-) Coven Of Darkness – Tormentor gostaria de agradecê-lo pela entrevista. Foi uma honra! Deixe uma mensagem para todos os maníacos fãs do Desaster.  

Tormentor - Muito obrigado pelas grandes perguntas! Essa entrevista foi divertida! Demais! Um salve a todos os batedores de cabeça maníacos e bebedores de cerveja que sentem o sangue metalizado pulsando em suas veias! Vejo vocês em Outubro... Vocês terão o quê merecem! (N.E: Mais uma vez em português  Tormentor diz: “Obrigado, amigos!”).



                                                                        

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