Twin Obscenity - For Blood, Honour And Soil

31 outubro, 2011.
Twin Obscenity - For Blood, Honour And Soil
(Century Media Records)
Formado no longínquo ano de 1991 em Stavanger na Noruega, o Twin Obscenity nunca conseguiu atingir o mesmo patamar de seus conterrâneos Immortal, Enslaved e Emperor. Mesmo assinando um contrato com uma gravadora conhecida e que poderia fazer um bom trabalho de divulgação - Century Media Records – o grupo acabou ficando restrito aos porões underground. Uma pena, pois são poucas as pessoas que tiveram a oportunidade de conhecer essa fantástica banda de Black Metal e principalmente esse grande trabalho que é For Blood, Honour And Soil que, por incrível que pareça, foi lançado aqui no Brasil em 1998. O Twin Obscenity tinha uma sonoridade bem particular, onde a força do grupo residia nos riffs e solos simples e marcantes de Atle Wiing. Seus vocais também variavam entre o rasgado típico do Black Metal e o gutural do Death Metal, deixando as composições mais interessantes. Existe até uma voz feminina que para a minha alegria pouco aparece já que este elemento é o responsável pelas partes mais irritantes do álbum. O trabalho da cozinha formada pelo baterista Knut Naesje e o baixista Jo Arild Tonnenssen é muito bom, com ambos desempenhando bem suas respectivas funções. Não é nada excessivamente técnico, mas isso não quer dizer que eles não são instrumentistas qualificados. E por fim o trabalho de teclados, que quando aparecem, são usados com sabedoria, pois nunca soam chatos ou enfadonhos. Das nove composições deste registro, destaque para a direta In Glorious Strife, que abre magistralmente o álbum com muita velocidade, discretos teclados e um ótimo trabalho de guitarras, a carregada The Usurper´s Throne, a violenta The Wanderer (dotada de um trampo fenomenal de guitarra e cozinha, disparada a melhor do álbum), Riders Of The Imperial Guard (onde as linhas de teclados são o destaque) e a arrastada The 11th Hour, que possui uma pegada mais Doom, com um solo cheio de feeling em seu meio. As letras do grupo retratam guerras e temas da mitologia nórdica, com destaque para a bonita arte da capa. A produção é acima da média, realçando os detalhes de cada instrumento. Definitivamente For Blood, Honour And Soil é o melhor trabalho destes guerreiros noruegueses, pois possui ótimas composições, soa honesto e bastante variado. Vale a pena ser conhecido. (Por: Saulo Baldim Gandini)





1 comentários:

Alles Tot disse...

Quanto ao vocal feminino, nesse albúm não existe, é uma pequena impressão de que seja uma voz feminina, nada mais é do que um sintetizador.

:)

É um disco fenomenal, do ínicio ao fim, um dos melhores que já escutei!
Pra quem é fã de Black Metal e Viking é um albúm obrigatório!

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