Tributo - Blasphemy

16 outubro, 2011.



Por:  Alessandro E. N.
Revisão: Clay Schulze (Battle Zine)
Pesquisa: http://freewebs.com/blasphemyritual


Profanadores... Black Metal Skinheads! Formado em 1984, Nocturnal Grave Desecrator & Black Winds (vocal/baixo) e 3 Black Hearts Of Damnation & Impurity (bateria) foram possuídos após ouvirem reais álbuns de Black Metal como Sentence Of Death (Destruction), In The Sign Of Evil (Sodom) e outros. Juntaram suas forças para criar uma das bandas mais bastardas do planeta! BLASPHEMY. Logo após juntam-se a eles Caller Of The Storms (guitarra) e deu-se início a longos ensaios e com a entrada de Black Priest Of The 7 Satanic Blood Rituals (guitarra/vocal), estava formada toda uma atmosfera sombria.

Durante um bom tempo, o crime, tatuagens e muita violência foi o modo de vida desses Black Metal Skinheads! Começando a levar a banda mais a sério, houve a entrada de Bestial Saviour Of The Undead Legions (baixo) que logo saiu, sendo que Black Winds assumiria de vez as quatro cordas. Com alguns hinos prontos, foram chamados para um festival onde tocaram com as bandas Procreation, Witches Hammer (banda de Speed Metal de Sodomizer, que algum tempo depois entraria para a banda) e o Tumult (banda de Bestial Saviour que tinha saído). Até que no final de 1989 é gravada umas das demos tapes mais bestiais já feitas no Black Metal: Blood Upon The Altar, com a formação: Black Winds (vocal/baixo), 3 Black Hearts (bateria), Caller Of The Storms (guitarra) e Black Priest (guitarra/vocal).

Toda a desgraça já estava consumada quando a demo foi lançada, sendo vendida mais de 2000 cópias por todo o mundo. Destaque que a fudida capa foi feita pelo Black Priest. Após o nome do Blasphemy estar correndo por toda Europa e mundo, um maníaco da França, Ludo Evil, criou um fã clube dedicado aos mestres do Blasphemy. Destaque que essa mesma pessoa também criou, na época, um fã clube do Sarcófago.

Algum tempo depois entra no grupo Tradicional Sodomizer Of The Goddess Of Perversity (guitarra/vocal), substituindo Black Priest. Após intensos ensaios, carregados de muitos rituais no velho cemitério Ross Bay, lugar de muitas lendas envolvendo a banda, a mesma sai em tour pela costa dos EUA, terminando em Los Angeles, onde os mesmos são apresentados ao RIP-OFF Richard C. da gravadora Wild Rags. Na ocasião, não sabendo com quem estavam lhe dando, assinaram um contrato para a gravação do primeiro disco. Então em 1990 é gravado um dos maiores clássicos do Black Metal mundial, o bestial Fallen Angel Of Doom... com a formação: Black Winds (vocal/baixo), 3 Black Hearts (bateria), Caller Of The Storms (guitarra) e Sodomizer (guitarra/vocal)

Um ponto a destacar é que quando estava havendo a sessão de fotos para o disco, Black Winds acabou sendo preso, pois naquele momento em que estava tirando aquela “famosa” foto onde possui um túmulo “em chamas”, estava rondando por lá uma viatura da polícia.

Esse primeiro e clássico disco consegue facilmente vender milhares de cópias, só que como já foi dito, a banda tinha assinado com uma gravadora, digamos “trapaceira”, o que acabou ocasionado que a mesma não recebeu um centavo pelas vendas dos discos. Obrigando o grupo a fazer uma visita um tanto desagradável a Richard C. (dono da gravadora), exigindo que o mesmo pagasse os direitos sobre as vendas do disco, sendo que o Blasphemy acabou levando materiais como LP´s, CD´s, camisetas e outros em troca de dinheiro.

Infelizmente, algum tempo depois Sodomizer deixa o grupo por motivos de saúde (uso de anabolizantes), voltando Black Priest, que acaba ficando pouquíssimo tempo. Outra mudança ocorre, Black Winds decide de vez ficar apenas no comando dos vocais e para assumir as quatro cordas foi chamado Ace Gestapo NecroSleezer & Vaginal Commands. Novos rituais ao vivo são feitos com essa formação até que entra em contato com a banda uma gravadora nova (na época), a Osmose Productions. O Blasphemy então fecha um acordo com a mesma para o lançamento de um próximo disco.

Então é gravado em 1992 o clássico Gods Of War, a gravação ocorreu no mesmo estúdio onde foi gravado o primeiro disco. Era o começo de um dos tempos mais obscuros e caóticos para o Blasphemy, que tinha a formação: Black Winds (vocal), 3 Black Hearts (bateria), Caller Of The Storms (guitarra) e Ace Gestapo (baixo/vocal)

Após a gravação, percebeu-se que as músicas eram muito curtas e sobrariam espaço, então de bônus colocaram a bestial DT Blood Upon The Altar. Como sempre, erros ortográficos foram comuns no disco e algumas letras não foram postas por “censura” da própria gravadora. Já depois do lançamento, começando com o “pé-esquerdo” na tour européia, Ace Gestapo esquece todo o arsenal de show, tais como cintos de balas, granadas e outros, e apenas em solo europeu haviam notado, ficando tarde demais. O Blasphemy então faz suas apresentações sem o seu arsenal. Com isso começam os pequenos atritos, até que desapontado, Black Winds decide voltar ao Canadá, deixando a banda ainda com três rituais faltando, então Ace Gestapo decide assumir também os vocais e assim continuam a tour.

Alguns meses já de volta, a banda é chamada novamente para outra tour européia, intitulada Fuck Christ Tour, juntamente com as bandas Rotting Christ e Immortal, com o line-up composto por: 3 Black Hearts (bateria), Caller Of The Storms (guitarra) e Ace Gestapo (vocal/baixo). A banda faz algumas excursões pela Europa com a formação já dita, juntamente com um guitarrista contratado para os rituais. Essa tour acabou sendo bem sucedida. De volta, 3 Black Hearts é arrastado para fora do aeroporto depois de causar caos e violência no mesmo. Outra nova acontece, Black Winds decide não voltar mais ao Blasphemy, devido às intrigas da tour que o mesmo acabou abandonando por motivos de pequenas brigas. Novas tours acontecem já sem Black Winds, as coisas começaram a entrar em declínio. Nesse mesmo tempo, 3 Black Hearts foi preso por ofensas a policiais.

Depois de tudo isso, o fim para o Blasphemy estava bem próximo e a banda passa um bom tempo inativa. Até que em 1996, Ace Gestapo e 3 Black Hearts formam outra banda (o Necrosleezer), juntamente com Bestial Saviour, que já tinha tocado no Blasphemy antes da primeira DT. É lançada uma demo da banda que foi oferecida a Osmose Productions, mas não acaba havendo lançamento do disco. A existência do Necrosleezer reascende nas veias de Black Winds e Caller Of The Storms o velho Metal da Morte, então os dois juntam forças e formam outra banda (Apostacy), que acaba não lançando nenhum material. Porém a partir de tudo isso, já seria uma base para um possível retorno. Na mesma época é lançado pela banda Conqueror o álbum War Cult Supremacy tido como um dos preferidos de Black Winds, que tem a idéia de chamar um dos membros dessa banda, R. Forster, já com a idéia de ressurreição do Blasphemy.

Juntamente com Caller Of The Storms e 3 Black Hearts, R. Forster ingressou ao negro culto e passa a chamar-se Deathlord Of Abomination & War Apocalypse (guitarra) depois de uma cerimônia secreta. Então ocorrem alguns ensaios até que Bestial Saviour é novamente chamado para assumir o baixo e os vocais adicionais. Com isso ocorre a idéia de um ritual ao vivo, para a volta concreta da banda. Então numa sexta-feira 13 de julho de 2000 ocorreu o show de volta juntamente com os americanos do Black Witchery. Com todos os artefatos ao dispor, tais como granadas, cintos de bala, spikes, ocorre um dos shows mais bestiais da banda. A coisa foi tão intensa que (lenda ou não) na última música - Ritual – uma parte do teto desmoronou. Com a benção de todos os demônios, estava ressurgida essa profana banda com a formação: Black Winds (vocal), 3 Black Hearts (bateria), Caller Of The Storms (guitarra), Bestial Saviour (baixo/vocal) e Deathlord (guitarra).

Rituais ao vivo ainda eram raros para o Blasphemy, até que se espalhou a notícia de que a banda se apresentaria novamente em Vancouver (Canadá), novamente numa sexta-feira 13 de julho de 2001. Então Yosuke do selo Nuclear War Now! Productions vai até o Canadá conferir esse ritual e registrar o mesmo que acaba saindo no formato LP e CD por sua gravadora, o infame Live Ritual. A versão em CD contém um die-hard rehearsal como bônus. E em 2007, a NWN! Lançou Fallen Angel Of Doom... em formato CD e também em um luxuoso formato Picture LP, além de lançar Gods Of War em parceria com a Osmose Productions.

Depois de toda essa história no Black Metal mundial, o Blasphemy sempre é lembrado por suas profanações, sadismo e muita originalidade nos seus hinos, tais como Ritual, Blasphemy, War Command e vários outros. O Black Metal em sua mais pura essência: cru, violento, satânico e com puro ódio! Saudações aos mestres Black Metal Skinheads! Ross Bay Cult Eternal!   


Discografia:

Blood Upon The Altar (Demo) - 1989
Fallen Angel Of Doom... (Full-Length) - 1990
Gods Of War (Full-Length) - 1991
Live Ritual: Friday The 13th (Live Album) - 2002





N.E:  Essa matéria foi publicada originalmente na  terceira edição do zine  Cursed  E. Zine e cedida gentilmente pelo editor e grande amigo Alessandro E. N. Muitíssimo grato pelo valioso suporte irmão!

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Capa da terceira edição do Cursed E. Zine


1 comentários:

Anônimo disse...

Sem palavras para descrever Blasphemy. Puramente matador...

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