Entrevista - Lifelöck

01 junho, 2011.
Formação do Lifelöck: C. Deth & Nihilistic D.


Formado em 2007, o Lifelöck nasceu como um projeto dos integrantes das bandas Wardeath e Zombie. Com o fim da banda Crossover Föda-se e Morra, Nihilistic D. e C.Deth resolveram formar um novo grupo focando o instrumental e letras em bandas de Crustcore e Black Metal. Nessa entrevista o polêmico Nihilistc D., com o já seu conhecido sarcasmo, nos conta um pouco sobre o começo do Lifelöck, o lançamento do EP “A Non Nuclear Nightmare”, trabalhos futuros, além de despejar todo o seu ódio contra as “modinhas” que empesteiam a cena. “Deite-se, ligue seu CD-Player ou tonifique sua vitrola, porque a bomba já explodiu e só nos resta catar os estilhaços... Seja bem vindo ao Holocausto não nuclear”. (Essa entrevista foi publicada em 2009 para a segunda edição do Coven Of Darkness)

Por: Saulo Baldim Gandini


1-) Coven Of Darkness – Saudações Nihilistic D. é um prazer ter o Lifelöck no Coven Of Darkness! O Lifelöck é uma banda nova no cenário, gostaria que você fala-se um pouco do grupo para os leitores que ainda não a conhecem.

Nihilistic D.: Saudações! É um prazer estar nas linhas do COD.  Você não sabe como é bacana ter a oportunidade de entrevistas decentes. Tivemos uma boa entrevista com o Fernando / Jhonn do Distorção Zine há um certo tempo, ficou bacana também. Quanto ao início do Lifelöck, a banda é realmente nova no cenário, começamos em torno de 2007 quando eu ainda estava no Wardeath. Naquela época estava me interessando por conhecer mais do lado obscuro no Hardcore, que até então para mim resumia-se apenas em Discharge, Ratos de Porão, Crude S.S, Doom, etc... Então foi meio natural, muito natural até, eu e o Renan mesclarmos essas bandas aí com o que já ouvíamos dentro do Heavy Metal: Bathory, Hellhammer, Celtic Frost, Absu e algumas coisas do Black/Thrash Metal que amamos. Inconclusivamente, a priori, a banda existia apenas como projeto, nem pensávamos em gravar algo. Chamamos meu primo (Karlo G.) que topou levar conosco as pegadas na batera, até então como session e hoje em dia ele é efetivo. Assim que começamos a ensaiar resolvemos gravar um EP com as músicas que já possuíamos, até então chamado “A Non Nuclear Nightmare” que está para ser lançado e já em fase final de produção.


2-) Coven Of Darkness – No começo você e C. Deth tiveram problemas para encontrar um baterista, problema que foi resolvido com a entrada de Karlo G. Como está sendo a adaptação dele ao grupo? Você está satisfeito com a atual formação?

Nihilistic D.: Cara tivemos vários! Em primeiro lugar era o C. Deth que seria o baterista/baixista e eu na guitarra/vocal, a banda resumiria-se em 2 membros mesmo. Assim que descobrirmos um interesse de Karlo em tocar conosco ficamos empolgados, visto que o mesmo já possuía uma pegada bacana, então foi muito tranqüila a entrada do novo parceiro de banda. Aceitamos ele, principalmente, por nossa amizade e posteriormente por sua (des)crença em certos dogmas religiosos, apesar de uma não muito forte inclinação ao movimento underground. Contudo, tivemos uma facilidade em aceitá-lo e tocar juntos. Sem dúvidas, o Lifelöck é isso aí. O conjunto é uma banda de maior autoria de C. Deth e eu, sendo assim, se eu estiver no Canadá algum dia, por exemplo, ele será o baixista, mesmo assim! A parceria não morre.


3-) Coven Of Darkness – O Lifelöck está finalizando seu primeiro trabalho que é o EP “A Non Nuclear Nightmare” que será lançado apenas em tape, coisa cada vez mais rara nos dias hoje. Qual a razão de lançar esse trabalho nesse cult formato? E aproveitando a pergunta, para você, qual a importância das fitas K7, splits, discos de vinil e zines para a cena Metal?

Nihilistic D.: Então irmão, esse é o problema. Nós e o underground brasileiro estamos passando por uma deficiência em lançamentos "Do It Yourself" (odeio essa merda de termo, mas infelizmente tive que usar). Começamos com a proposta de lançar apenas em materiais analógicos, mas infelizmente, devido a ausência de tapes no mercado, a versão brasileira pelo The Hole Records será em MCD (prensado, de forma oficial) e em material analógico teremos uma versão em Pro Tape por um selo Colombiano (Iron Goat Kommando / South American Holocaust). Mas estamos na luta de prioridade por materiais em LP/K7/7’’, porque o Lifelöck é isso aí, não gostamos muito dessas modernices, mesmo com a modinha “hype” dessa mídia oportunista em retornar o LP e as grandes gravadoras retornando ao lançamento analógico para “oferecer novas sensações” aos “consumidores” enclausurados pela confortante tecnologia que “deteriorou” o mercado da música, estamos na luta por uma saída desse câncer através da arte. Para falar a verdade, retornado ao tema, não sou nem um pouco a favor dessa nova “sensação retrô”, dessa crise de identidade cultural contemporânea, pois esse anseio existe apenas para saciar a ganância do surto consumista cujo nossa doentia sociedade se transformou e não falo de consumismo por ser contra o consumo, ele é cultural, está presente, falo do ato compulsivo de consumir. Enfim, se existe algum “modismo” em relançar LPs por aí, o Heavy Metal (restritamente o underground) está fora! Nunca morreu em nossa cultura! Porque uma EMI iria lançar um Witchtrap? Seria melhor um lançamento mainstream e várias estratégias de marketing e propaganda para propagar a “nova” velha sensação de que o vinil é o formato ideal da música e bla bla blá, uma forma bacana de se evitar a pirataria por sinal né? Alguém se lembra de quando lançaram o CD? E de quando jogaram os MP3 Players no mercado? Pois é, um sucessivamente era melhor que o outro. Então porque o LP seria melhor para ESSE mercado? Que discurso permeia esse pacote das delícias pós-modernas? O ideal é transformar em verdade o discurso que há tempos foi tido como mentira e propagar a “vontade” do indivíduo em optar pelo LP ao invés do MP3 ou CD, gerando uma falsa sensação de “segurança”, um glamour associado ao “velho novo”, dissimulando interesses obscuros do mercado da valorização da arte em si.


4-) Coven Of Darkness – E sobre os shows, como está a aceitação do público diante do som do Lifelöck? Vocês já tocaram em lugares fora do Espírito Santo?

Nihilistic D.: Não sei se você já sabe... Mas não fazemos muitos shows. Nós nunca tocamos fora do ES. E só pretendemos tocar com VERDADEIROS irmãos, camaradas que me ligam aqui para falar não só de som, mas para saber se minha família está bem, se meu trampo está de boa, se minha vida está bem, se meus chegados aqui estão tranqüilos, etc. Cansei de cair em qualquer furada com dissimulações amistosas do tipo: “Caralho, fudido o som do EP, melhor banda e melhor som do ano de 2008”, OK... Mas e aí? Onde está a real relação humana? O interesse na banda morre apenas em sua arte instrumental? Existe muito além do que a música e politicagem acredito. E política/sociologia/filosofia + laços humanos (ou “anti-humanos”, para uma clara leitura além do bem e do mal) estão sempre presentes, porém refutados por amargos seres desprovidos de discernimento humano. Falando assim aparenta que estou defendendo a raça humana em um todo, mas infelizmente defendo só algumas peças dessa pútrida raça. Outra clara impressão é que estamos "querendo pagar de Bathory", já cansei de ver moleque falando isso de certas posturas. Às vezes acho que os caras levam mais a sério do que nós em pensar que nós levamos a sério certas posturas HAHAHAHA. Mal eles sabem que nem a gente leva a sério a postura "evil", achamos fudida a temática, apesar de que "ser obscuro", sentir ódio e tudo mais é muito inerente a minha personalidade e as vezes a frieza também permeia um tanto quanto. Voltando a falar novamente sobre shows, o Lifelöck evita esses tratamentos descartáveis, líquidos, dessa pífia modernidade, portanto quando cito em tocar, falo de realmente tocar em um lugar amigável, onde nosso som propagará além do que já é de praxe. É assim que enxergamos os shows.


5-) Coven Of Darkness – Quais as principais influências do Lifelöck atualmente? Existe alguma banda hoje que lhe chame a atenção?

Nihilistic D.: Essa é uma pergunta muito difícil. Nós gostamos de muita coisa dentro e além do Heavy Metal, sem essa de apegar-se a opiniões de establishment comportamental, rótulos providos de conflitos de identidade (bem comum na cena pós-moderna) e paradigmas dogmáticos como o de comum, muito realizado pelos guerreiros “combatentes” da moral judaico cristã, mas peritos em seu ortodoxo pragmatismo! (Que piada! HAHAHA). Mas é assim, existe algo que o Lifelöck bebe na fonte? Rock N’ Roll cinzento, sem sorrisos a oferecer, pessimismo subjetivo, “verdades” indefinidas e confusas, onde existir a dúvida e o conflito, o Lifelöck estará ali para conferir, para saborear. Onde existir a discórdia por motivos nobres, o Lifelöck estará ali para observar. Onde existir homogeneidade cultural, o Lifelöck estará ali para refutar... Discursando inconclusivamente, correto? Prolixo? Errado! Se você deseja respostas fórmula de bolo, o Lifelöck democraticamente (assim como o Neoliberalismo) te dá a liberdade de escolher entre a resposta anterior e a de agora, mesmo você só conseguindo visualizá-la agora, depois de ler por obrigação todo o texto acima: Motörhead, Venom, Bathory, Hellhammer, Crude S.S., DISCHARGE, Doom e Celtic Frost. É por essas e outras que bebemos da fonte! Fora isso? Talvez eu escute Facção Central para degustar do discurso demagogo da Classe Média contemporânea. Leia Bauman e Foucault para exibir nas letras nosso pseudo conhecimento e nos eleger como e algumas letras “evil” para passar a sensação de simulacro cotidiano!


6-) Coven Of Darkness – A palavra Lifelöck significa: “a trava da vida, a fechadura”. Você poderia explicar detalhadamente o conceito por trás do nome Lifelöck e as letras do grupo?

Nihilistic D.: Essa é a parte que me toca, até então. Falar sobre letras do Lifelöck é, infelizmente, falar sobre mim e até mesmo muitos. Mas começando pelo nome da banda, está muito claro quando você tem a infelicidade de vivenciar momentos macabros da sua vida e na dúvida entre levar uma vida “líquida” ou uma vida “sólida”, dissimulada ou real, prefere enxergar o fundo do poço, ao invés de escapar com maneiras que se tornam vícios. Prefere enfrentar pelo âmbito real, pelo o seu “cuidado de si”. Está entre o cansaço do Bem e do fracasso do Mal, está além da compreensão individual de muitos seres humanos, conectados em suas frustrações diárias, comportamentais e de suas fugas mais medíocres. Quem reparar que uma vida sóbria e direta pode resultar nessa dúvida, o nome vem como uma chave para a vida ou a morte, como diria na própria Lifelock do Doom: “Is Death the Only Key?” Acredito que essa definição seja ideal. Quanto as letras do Lifelöck, nada melhor que observar temas "políticos" em uma releitura, temas subjetivos como uma construção não-linear, temas comportamentais e culturais por analítica “libertária”, digo, livre do arbitrarismo do discurso libertário, e talvez quem sabe, um olhar a frente. Mas são todas muito subjetivas, algumas muito diretas, porém simples. Geralmente falo sobre grandes decepções (e ascenções) pessoais e mesmo assim não soa como um ode ao individualismo, até porque são situações que se entrelaçam com outras, por outros âmbitos, por outros anseios e por muitas outras percepções coletivas. Geralmente esse individualismo visto de fora, por outra opinião, pode ser maliciosamente confundido com a minha preocupação do “cuidado de si”, do olhar interno em busca do coletivo, porque como acredito, o ser humano é sociável por excelência, não por natureza. Citei sobre Política, mas o Lifelöck refuta levantar bandeira diretamente sobre essas causas. Com todo o respeito a todas as bandas de Crust, Hardcore e Punk Necro por aí. Mas nós do Lifelöck odiaríamos que nossas letras fossem assim, portanto é uma questão de opção.
  

7-) Coven Of Darkness – Nihilistic com qual finalidade você elaborou aquele “Manifesto Não Nuclear”, contido no Myspace do Lifelöck? Você enxerga alguma “esperança” para o futuro da humanidade ou “a bomba já explodiu e só nos resta catar os estilhaços”?

Nihilistic D.: Você tocou na ferida, essa é uma resposta que tomaria um espaço enorme do zine. Vou tentar resumir da maneira que fique agradável e menos cansativa. A questão de "Non Nuclear" de forma direta é praticamente uma rebelião pessoal e externa contra esse glamour da arte e do esteticismo do Crust e das modas Retrôs que, sinceramente, acho pífio, indolente. Mas é uma triste realidade. O momento cujo estamos é restritamente “pós-moderno”, não há muito a se criar e quem o tenta resulta em algo totalmente forçado e indigesto. É como diz um pensador que sou muito aficionado: “A cultura está desertificada, estamos caminhando no deserto da incerteza criativa”.


8-) Coven Of Darkness – Eu gostaria de saber sua opinião sobre os seguintes tópicos: arquivos de MP3, radicalismo & ”modinhas” na cena e religião & ideologias neonazistas misturados com Metal. Fique a vontade para vomitar todo seu ódio sobre esses temas.

Nihilistic D.: MP3 eu não preciso nem comentar. Agora quanto ao radicalismo e as modinhas, um tema ácido e inerente à minha personalidade, não poderia deixar de comentar. Radicalismo é um termo um tanto quanto abstrato, assim como o termo “liberdade”. No Lifelöck costumamos assimilar radicalismo a várias ocasiões e achamos um enorme pesar que muitos indivíduos ditos “não radicais” ou, à maneira mais padronizada, “cabeça aberta” são tão radicais quanto os já rotulados radicais, mas de forma subjetiva e impessoal. Por ser uma atitude às vezes pessoal, geralmente o radicalismo está contido em uma atitude, na música, na forma de se vestir, mas ele é além. Aí me pergunto: O que é ser radical? Vejo muitas “cabeças abertas” tornar-se radical de maneira minuciosa. De maneira sutil. Já desmascarei muitas pessoas analisando através dessa nefasta dissimulação. Repare bem que no underground, para ser radical, a primeira instância você precisa de poucas coisas: Visual arrojado + estar inserido em algum círculo social do Metal Extremo e se você for mais a fundo vai concluir que, ao contrário deste, os ditos “cabeças abertas” nunca se “limitam” ao visual, ouvem a “boa música” e possuem uma atitude totalmente aceitável, freqüentam ambientes socialmente aceitáveis, isto é, estão no “establishment”. Ao contrário do famoso ícone do Radicalismo, eles acham que se importar com visual é uma coisa totalmente de moleque, mas porque perdem tempo com a crítica?! Se estivessem realmente além da situação, nem dariam grau de importância para a “molecagem”, mas não é o que acontece. E muitos deles ouvem de tudo, mas às vezes já assemelham qualquer atitude de uma banda, só por ela ser de Metal Extremo, como radical. Quantas vezes você em meio a um show mais “cabeça aberta” não se deparou com situações do tipo: “Poxa, não sabia que você curtia Thin Lizzy, Camel e afins. É cômico alguém que ouça Metal Extremo curtir tais bandas” e você pensa: “Putz, só porque estou no visual o cara já me LIMITOU a uma identidade fixa, um padrão?”. Aí você fica no impasse e pensa novamente: “Porra, até no meio “libertário” os indivíduos sofrem de limitação e radicalismo, mal me conhecem e já me concebem uma identidade baseada no meu visual.” E finalmente você se pergunta: Quem é radical? O que se limitou ou o que foi policiado pelo “cabeça aberta”? Sobre religiões, daria umas 30 páginas, mas acredito que dentro do Heavy Metal a religião (até mesmo o fanatismo do culto ao Metal) é considerada como perigosa e oportunista, não só as institucionalizadas, mas as que nós criamos através dos pequenos rebanhos. Ideologias neonazistas? Me recuso a falar, é um tema muito pífio e infundado numa viagem sem volta em um porre de ópio do Adolf Hitler. Sobre modas eu tenho uma a falar: Existe uma moda das que eu mais odeio, mais que emo, mais do que qualquer coisa: O retro thrash estilo EUA, Bay Área. Não vou generalizar, mas em muitos casos isso se tornou tão “radical” que me enoja. Baseando-se no que citei acima sobre o radicalismo, torno a dizer que essa tendência já chegou a níveis mor de intolerância, porém com um ar de tolerância. Até um tempo muitas pessoas me recriminavam por curtir Metal mais obscuro e “endeusar” bandas mais “evil”, qualquer coisa que soasse como Black Metal, desde atitude até visual, era fascista. Agora, depois da saturação Old School, parece que isso virou uma fuga e muita banda tem ficado numa pegada mais extrema, por causa dos exageros dessa moda. Uma forçação, às vezes ficava pasmo e chegava a comparar o absurdo: “Porra! Tem indivíduos que se importam mais em focar os tênis brancos nas fotos e os coletes do que qualquer outra coisa” e isso me fez pensar que o Black Metal não estava tão sozinho no quesito forçação, só que no caso do BM, ele fica mais pela pose de “evil”, “cult”, “malvado” e no caso do Thrash e Old School é: Quem é o mais “descolado”, o mais “politizado”, o do visu mais oitenta, do nome mais oitenta, da forçação maior! Peguem fogo!


9-) Coven Of Darkness – Sempre gosto de perguntar aos entrevistados como é cena Metal de determinado estado ou país. Nihilistic, qual sua opinião a respeito da cena do Espírito Santo hoje? Existe algo que precisa ser melhorado? Qual a relação do Lifelöck com as demais bandas?
  
Nihilistic D.: Eu não defendo “cenas”, prefiro analisar cada indivíduo que está próximo a mim e conceder o título de cena para essa “família” que está me apoiando: Pais, irmãos, amigos, companheiras, companheiros. Cena, em sua atual degradação, é rebanho e da cabeça desses cordeiros com seus vícios repugnantes não quero nada. Se alguém se sentir ofendido com o que estou falando de cena, estou aqui, colocando a face para bater, não me escondo através de puras relações de interesses. Mas em relação a cena do ES existem poucas bandas que REALMENTE gosto do som, digo, como se estivesse ouvindo um DESASTER, manja? Não vou citar bandas que gosto, vou citar bandas que considero um peso devido ao que eles fazem e à sinceridade de seu trabalho / amizade. As bandas da nossa “cena” que dou apoio são: I Shit On Your Face, D.O.R., Dare, Mass Execution, Catacumba, Rotten Fetus, Delicta Carnis, Disharmony Intent, etc. Mas dessas bandas a única que eu gosto pra caralho como manifestação subversiva é o CATACUMBA e não ganho nada por falar deles aqui, é simplesmente meu gosto pessoal, estou expondo da maneira mais sincera possível. Acredito que não tenha nada a ser melhorado porque não vejo futuro nesse exemplo de cena que acabei de criticar. Para mudar esse parâmetro de cena, devemos fazer uma limpa nas suas estruturais sociais, o que de fato é impossível. Contudo, prefiro viver na minha “utópica” e “exclusiva” cena.


10-) Coven Of Darkness – Fora o material do EP há mais algum material que está sendo composto para algum futuro lançamento? Quem sabe mais um EP, Split ou até mesmo um debut... (risos) E a sonoridade vai continuar o mesmo holocausto ”Blackened Crust” ou teremos alguma novidade? 

Nihilistic D.: Então, estamos fechando um Split CD/tape com os nossos amigos do Bestial Curse e vai se chamar “Blackened Crust Holocaust” está previsto para o ano que vem (2009). A sonoridade mudou... Estamos deixando o Crust “cru” cada vez mais de lado e incorporando mais Motörhead, mais subversão, mais ódio e muito mais cérebro em nossas letras e músicas.


11-) Coven Of Darkness Brother, eu gostaria de agradecê-lo pela entrevista, foi uma honra! Deixe uma mensagem final para os leitores do Coven Of Darkness...

Nihilistic D.: Gostaria de agradecer pelo espaço cedido, pela amizade a distância que mantemos e pela enorme consideração que sempre concebeu a mim e ao C. Deth! A non nuclear nightmare because the chaos means another one! A única bomba que está para explodir é a existencial, pois 1945 já passou!




1 comentários:

Vinícius Vidal disse...

Porra, q entrevista fodida, não conhecia o Lifelöck e tbém conheci o blog/zine só hoje ;)
Fodido, apreciei bastante a entrevista e o crust destes caras, vou atrás já.

Continuem o trampo foda, vamos manter uma parceria, entre em contato: vinicius@baronshell.com

Abçs

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