Hellkommander – Death To My Enemies

27 maio, 2011.
Hellkommander - Death To My Enemies
(Dark Sun Records)
Sim, isso sim é Death Metal! Ao contrário das tentativas frustradas que andei acompanhando de se tocar Death Metal sem ter noção alguma do que se faz, com modismos, com desespero em crescer e com muita, mas muita imaturidade. Esse sim é um exemplo de que pessoas sérias fazem o Heavy Metal em geral acrescentar algo em nossas vidas. A banda contém membros do Diabolic Force, Grave Desecrator, Farscape e Sodomizer, o que pode explicar o porque do disco ter tamanha maturidade e de sua sonoridade ser altamente fiel a sua proposta. No que se diz a arte do disco podemos concluir que é simples, porém atinge muito bem a proposta da banda. O que mais me impressionou foi que apesar de ser um ensaio está muito bem gravado e mixado. Eu jamais iria perceber que é um ensaio se Leatherface não me informasse. O Rio de Janeiro não nos decepciona tanto quanto à Metal, é uma cidade que produz bandas maravilhosas e essa é mais uma para o cast da cena carioca. O disco inicia com a faixa “Gift Of Death”, com maravilhosas pitadas de pedal duplo e uma guitarra não muito pesada, retirada sua necessidade de peso, uma vez que o próprio disco em conjunto tem um aspecto pesado. O vocal de Poisonhell nessa faixa é algo que fica entre Posssessed, porém bastante grave. O engraçado é que várias vezes me peguei curtindo as passagens retas da música pensando que era um D-beat, pois o clima me traz lembranças do bom hardcore sueco com suas guitarras metalizadas cujo tenho queda. Mesmo parecendo uma blasfêmia acusar o Hellkommander de aparentar ter pegadas de D-beat, não é uma conclusão, apenas uma percepção pessoal que tive ouvindo o debut seguidas vezes. Supostamente a banda talvez nem tenha pensado nisso! A proposta da banda é Death Metal e isso fica claro na “Dog From Hell", repleta de pedaladas e o vocal marcante. A terceira faixa se chama “The Cursed” e essa merece uma atenção especial por ser mais cadenciada. É a faixa que mais gosto e tem um clima bastante carregado, assim como boa parte do disco. E o final dela é inesperado, maravilhoso. O bumbo é uma ponte para o inferno. E há outro motivo especial dessa música ser faixa de destaque do disco: É uma composição que estaria no Diabolic Force. A próxima faixa se chama “Armageddon, I Want It Now!” e essa também é bastante carregada pelas pedaladas de Adrameleck e que reforço em dizer que é bastante marcante no disco. Não estranhe a passagem que cita um “666” durante a música, deve ser coisa do Leatherface, com certeza. “Nuclear Graves”: Seria o Sarcófago? Blasphemy? Sodom? Beherit? Não! Ainda é Hellkommander! Essa faixa expressa bastante a diversidade de influências da banda reforçando o quesito maturidade uma vez já citado. A faixa “Morbid Obsession” é uma instrumental macabra oriundas da imaginação de Leatherface, vale a pena ser ouvida para sentir um pouco de malevolência e insanidade... Em “Black Rites” continuamos a saga Death Metal desses maníacos e nos deparamos com outra música diferenciada pela levada na bateria. “Execute The Weak” finaliza esse petardo com uma bela sinfonia para destruição. O Hellkommander inicia suas atividades com um belo debut, não deixando a desejar. (Por: Uriel Juliatti Valle)


Contato: Myspace - www.myspace.com/hellkommander



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