Farscape - Killers On The Loose

28 abril, 2011.
Farscape - Killers On The Loose
(Unsilent Records)
Talvez o Farscape seja uma das melhores bandas de Thrash Metal da atualidade em atividades no Brasil. A banda anda apresentando uma evolução incrível a cada material lançado. Depois do lançamento do fudido “Demon’s Massacre” em 2003 chegou a vez de o segundo massacre chegar em nossas mãos. Há quem diga que o Farscape se tornou uma banda “farofa” por ter gravado músicas totalmente diferentes do que eles faziam e bastante diferente do que fazem por aí. O que causou e ainda causa uma enorme polêmica. Voltando ao disco, digamos que o início de “Under The Loudness” possa ser sem sentido. É, eu realmente achei sem sentido e ainda acho um pouco, mas jamais vai comprometer essa maravilhosa música que lembra veementemente o Possessed na fase "Beyond The Gates". O Farscape tem essa façanha de ser influenciado mas ter sua própria roupagem, sua característica. O vocal de Witchcaptor é outra marca registrada na banda, essa música já começa a mostrar como a banda está diferente e pode-se começar pelos solos dela. Uma das músicas que causou foi a “Thrash Until You Drop”, segunda faixa do disco, ela tem uma forte veia NWOBHM e é uma influência que a banda já trazia consigo. Fica claro no meio da música temos um belo saudosismo ao Diamond Head. A música é maravilhosa, temos um solo emocionante e uma passagem maravilhosa de duetos de guitarra, muito bem elaborada. E identifiquei um lance meio Metalpunk na música, aspecto comum dos maníacos do Hell de Janeiro, tendo em vista o projeto da banda (Atomic Roar) com Hellpreacher (também do Apokalyptic Raids). A “Killers On The Loose” é mais uma das músicas que começa com riffs “malucos” feitos pelo Farscape. Na primeira ouvida que dei no disco, na época, foi a música que mais pirei. “Captors Of Hate” me remeteu ao Dark Angel na hora, não sei porque, pode ter sido a sua levada. Ela é uma boa música, mas nada comparado a pancadaria de “Celebrate My Death”, essa é realmente explosiva. Uma coisa que reparo no Farscape é a variedade de influências que os rapazes tem. Eles transitam de Hard Rock dos anos 70 até um pouco de Death Metal tradicional da metade dos anos 80. Essa música é o ponto máximo do disco, com certeza. Há uma regravação de uma música no disco que se chama “Bizarre Sex Machine”. É uma música fudida, mas prefiro na demo, acho mais rápida e muito mais agressiva. Nesse disco ela não deixa a desejar, mas na demo ela é uma pancadaria mais acentuada! Essa, essa sim é assunto de polêmica que se chama “Wild Rocker” , a música é muito bem executada e Witchcaptor veste uma roupa Rock ‘N Roll para cantá-la. A letra não é uma das melhores coisas, eu realmente não gosto dessa música, mas aprendi a tolerá-la. O engraçado dessa polêmica é que a cena atual de Thrash Metal no Brasil está característica por ter uma tolerância maior com as coisas, visto que um dos principais alvos de acusação de radicalismo e intolerância no Heavy Metal é o Black Metal e existe uma vontade de ser “mente aberta”. A mesma atitude Black Metal que é crucificada acaba sendo repetida quando há uma parcela dessa nova “cena” policiando e acusando a banda de ter mudado seu som. Vai entender... Passamos dela e chegamos em “Mutilation”. Eu a considero uma música normal, ela tem uma pegada de Sacrifice, me lembra um pouco a banda, é uma boa música, porém está longe de ser o ponto alto do disco! Acabando a música temos uma escondida na manga, o cover do Onslaught chamado “Thermonuclear Devastation”, eu considero essa banda, exclusivamente em seu primeiro trabalho, o Discharge do Thrash Metal. Ficou fudidaço o cover com Whipstriker cantando. O vocal do Whipstriker sempre foi muito do caralho desde os tempos do Diabolic Force e nesse cover jamais deixaria a desejar. No refrão temos a presença do ilustre Leon Necromaniac (Apokalyptic Raids), o que dá um toque a mais na música, fechou com chave de ouro! (Por: Uriel Juliatti Valle)





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